as Imagens
ver imagem ver
ver sem ver sem ser
imagem ver imagina sem ver
imaginação sem ver
sem
sentir
sentir sem ver sentir
sem ser imagem
sem sentir imagem sentir
ser imaginação sem ser
ser
Mariana Rego - Atriz

imagem ver imagina sem ver
imaginação sem ver
sem
sentir

sem ser imagem
sem sentir imagem sentir
ser imaginação sem ser
ser
Juliana Rego - Atriz
isso é um ponto, um ponto, um.
Camila Oliveira - Atriz
Sobre aquele domingo
No domingo à tarde, que tinha sol e tatame; uma quase tensão pelas respostas exatas.
O elevador, o porta-mochilas, o bilhete, a entrada de vidro, as prateleiras e as buscas. Isso trazia recordações reais, mas que eu, de verdade, nunca tinha vivido. Fantasmas da memória. Tudo tão convincente. Não deu pra dividir a linha da ilusão, da nostalgia, do passado, da tentativa de real. Foi uma perspectiva do tempo no tempo. Creio haver conseguido, com o espanto e a delicadeza, a uma imitação da rosa.
Eu havia, enfim, encontrado o que mais falta me fazia, a solução. Era uma caixa de peixe, intocável, pouco humana. (é preciso cuidado para lhe lançar os olhos, os dedos encapados ficam amarelos.) A solução para o sono do domingo estava embaixo de pequenas imitações e em seu rodapé dizia “Dictionnaire general du surréalisme et de sés environs” Me sorri com os jogos da boneca e as gelatinas de prata!
Isso foi apenas um transcurso do que a caixa de peixe ainda pode me dar.
Um surrealista anotou “Abra a boca como um forno. Dela sairão avelãs.” A gente quis dizer “ Entre no CCBB como uma coruja. Leve um esporro na sala de leitura. Daí sairá a distração elétrica da nossa memória.”
O elevador, o porta-mochilas, o bilhete, a entrada de vidro, as prateleiras e as buscas. Isso trazia recordações reais, mas que eu, de verdade, nunca tinha vivido. Fantasmas da memória. Tudo tão convincente. Não deu pra dividir a linha da ilusão, da nostalgia, do passado, da tentativa de real. Foi uma perspectiva do tempo no tempo. Creio haver conseguido, com o espanto e a delicadeza, a uma imitação da rosa.
Eu havia, enfim, encontrado o que mais falta me fazia, a solução. Era uma caixa de peixe, intocável, pouco humana. (é preciso cuidado para lhe lançar os olhos, os dedos encapados ficam amarelos.) A solução para o sono do domingo estava embaixo de pequenas imitações e em seu rodapé dizia “Dictionnaire general du surréalisme et de sés environs” Me sorri com os jogos da boneca e as gelatinas de prata!
Isso foi apenas um transcurso do que a caixa de peixe ainda pode me dar.
Um surrealista anotou “Abra a boca como um forno. Dela sairão avelãs.” A gente quis dizer “ Entre no CCBB como uma coruja. Leve um esporro na sala de leitura. Daí sairá a distração elétrica da nossa memória.”
Mariana Rego - Atriz
8 Comentários:
(Acredito ainda mais nessa nossa versão do passado. O nosso conto de 3 páginas)
Acho engraçado como tudo isso é muito essas três.
queria poder postar.
alguém me dá a senha?
Eu sei que não é importante, mas... caixa de peixe?
Este comentário foi removido pelo autor.
Este comentário foi removido pelo autor.
É, era a caixa referente ao catálogo da exposição do CCBB. O símbolo da exposição surrealista era um peixe.
Dar assas a imaginacao...
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